AGRADECIMENTOS
·
À
Assa Cossa Tomas, Lina Majante, Cleyton Cuale e Leovesgildo Vascosselos (1º
LFE) e Filadelfia Filipe Filimone Naftal (2º LCE/B), pela ajuda na tradução de
muito material que se encontra na língua estrangeira e pela dedicação com que
investiram neste trabalho, tornando-o possível;
·
A
todos estudantes dos cursos Superiores do ISMMA que ainda acreditam que a ética
é possível;
· Ao
meu professor que nos ensinou e despertou em mim a paixão pela Ética Pietro
Andriotto e Morreira;
·
Aos
meus familiares, que me ensinaram a arte de viver com respeito e amor ao próximo e a
verdade!
O Trabalho que se segue aborda acerca do tema: Responsabilidade Social das Instituições:
Princípios básicos, valores e desafios, e este por sua vez é um dos tópicos
que se enquadra no grande tema das VIII Jornadas de Ética,
ISMMA deste ano 2013.
Sendo uma comunicação que em sua natureza e área de
abordagem esta envolta dentro do discurso da Moral Social e particularmente na
Moral em econômica e empresarial, entendemos por bem levantar os seguintes
objectivos primários:
·
Reflectir
em torno da questão da Responsabilidade Social das Empresas: O que é onde começa
e onde termina?
·
Fomentar uma discussão em
torno das obrigações éticas das Instituições nas Comunidade em que estão;
·
Ser
um momentos de formação sobre o tema da Responsabilidade Social e o
Desenvolvimento Sustentável, convidando o público interessado a reflectir sobre
a sua actuação em relação a essas questões.
Levantamos esses objetivos porque entendemos que
existe uma problemática na compreensão e pratica da “questão da Responsabilidade Social” tem sido
um tema recorrente no mundo dos negócios e das instituições que se pretendam
éticas. Em muitos casos, as Instituições acabam por associar Responsabilidade
Social á Acção Social, seja pela via do investimento social privado, seja pela
via do estímulo ao serviço voluntário. Enquanto que, o conceito de
Responsabilidade Social pressupõe, que a Instituições/Empresas cresçam, seja
rentável e gerem resultados econômicos, mas também que contribua para o
desenvolvimento da sociedade e para a preservação do planeta. Porém, muitas
vezes por pressões governamentais as mesmas instituições intitulam-se éticas ou
com responsabilidade social para de eximir de algumas exigências fiscais
impostas pelos governos.
Quanto
ao tipo e natureza esse trabalho é uma investigação independente, de tipo
puramente teórico e natureza qualitativa, razão pela qual os suportes
bibliográficos são as chaves da compreensão do mesmo, o método da condução do
nosso raciocínio é dedutivo.
Para
iluminar esse caminho um tanto quando desafiante propomos o seguinte percurso
primeiro apresentamos a definição dos conceitos chaves da pesquisa, de seguida
contextualizamos o âmbito da nossa pesquisa e por fim apresentamos os princípios e desafios da Responsabilidade Social e para
encerrar sugerimos e apontamos a respectiva bibliografia.
Assim
fazemos isso na esperança de ser uma solucionática pontual e actual uma vez que
a nossa universidade se situará entre as primeiras a debater sobre o assunto
num período em que o País esta a conhecer um acelerado crescimento econômicos e
uns constantes discurso políticos sobre a atração do investimento privado.
1. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
Após a apresentação e colocação do problema e antes de
descermos no âmago da questão preferimos apresentar aqui uma breve definição
dos conceitos que nortearão a nossa comunicação de modo a aplainar o nosso
entendimento.
1.1 Responsabilidade Social
Comumente define-se como a redistribuição social dos
ganhos institucionais retirado do meio povo. Nela existem dois aspectos um é o ideal bíblico a caridade e o
segundo aspecto é ela tem de ser praticável. Responsabilidade social e ética
nas empresas são dois conceitos que se confundem, mas fique claro que o que
existe realmente é uma hierarquia de responsabilidade nas empresas. E a responsabilidade
social faz parte da consciência ética da empresa. Isto é, depois de obter
ganhos ela deve dar, doar, responsabilizar-se pelos danos que ela causa as
populações e o dar em si é uma manifestação da consciência ética.
Portanto
Responsabilidade Social é o agir (ético) responsável da empresas. Porém não se
pode confundir responsabilidades filantrópicas com responsabilidade social, ela
é apenas uma parte na hierarquia das responsabilidades. Resposanbilides
filantrópicas é o que a comunidade recebe de volta da empresa e ela não é
obrigatória é do senso normal da empresa, da-se o que se tem e quando pode.[1]
Não existe uma única definição aceitável
da Responsabilidade Social uma grande maioria de autores em suas publicações
define de forma diferente, embora alguns elementos estejam inclusas nessa
definição. Vejamos alguns exemplos na tabela nr. 1 do primeiro anexo.[2]
1.2 Instituições/ Empresas
Gosto de definir empresa ou instituição como um grupo
de pessoas interessados prioritariamente em que o capital empregado renda juros
adequados. Também é comum ouvir Empresas como Instituição que têm obrigações
com os acionistas e com outros grupos por eles atingidos (sociedade). Também
nos parece pacífico considerar a empresa como um grupo de pessoas que se juntam
para atingir determinados metas ou resultados que a todos interessam. Ou como
define Michel Porter “e o conjunto de
pessoas que se organizam para fazer render economicamente os seus talentos, as
suas diferenças e competências especificas”.[3]
Portanto, nesta comunicação usaremos estes termos como
sinóminos de forma indiscriminada.
1.3 Sociedade
É o conjunto dos colaboradores, indivíduos e instituições,
clientes, vizinhos, fornecedores, sindicatos, associações, autoridade e seus representes
e representantes da vida política. E na relação entre a sociedade e as
instituições é feita uma analise participativa para se saber se a sociedade
esta satisfeita com os serviços prestados. E não só as sociedades são
fortemente atingidas pelo agir empresarial ou institucional que muitas vezes
tendem a maximizar os efeitos negativos e minimizar os positivos por causa dos
lucros. É importante salientar que todo tem interesses legítimos embora em
medidas diferentes e têm direito que estes sejam levados em consideração. E da
mesma maneira como a sociedade é atingida pela empresa ela também é atingida
por eles. Portanto não existe uma relação de esquizofrenia entre ambos.[4]
Tradicionalmente ela é entendida como um estudo ou uma
reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os
costumes ou sobre as acções humanas. A ética pode ser o estudo das ações ou dos
costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. [5]
É uma ciência prática, ou normativa: não diz como
actua a maioria, mas como deveríamos actuar. A ética é também uma ciência
teórica de caráter normativo. Questiona as origens, liberdades, valores,
finalidades, objetivos da acção e relações com os outros. É ciência que
questiona os fundamentos da moral, buscando encontrar uma racionalidade no agir
humano: não se estuda para saber, mas para actuar.[6]
Este conceito encontra-se profundamente na relacionado
com os dois conceitos anteriores (Instituição/Empresa e Sociedade), pois sendo
dois grupos com interesses legítimos na relação há que existir sempre
racionalidade. Entre a vontade de maximizar os lucros e a vontade de ter os
serviços adequadamente satisfeitos, há que ter ética. Segundo Anchie Carrol[7],
o grau de dificuldade para uma empresa satisfazer todas as exigências de uma sociedade
é demonstrado pelo rol de direitos que deve cumprir.
Didaticamente, costuma-se separar os problemas
teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como
liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas específicos,
de aplicação concreta, como os problemas da ética profissional, da ética
política, de ética sexual, de bioética, etc. É um procedimento didático ou acadêmico,
pois na vida real eles não vêm assim separados. Por uma questão de clareza o
nosso estudo cinge-se apenas no segundo nível, ética pratica ou moral concreta.
RODUÇÃO
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
A controversa questão sobre ética e economia começa a surgir nos anos 30 na
Universidade Havard por Raimond Bounhart[8] (após
uma analise acurada dos pensamentos de Marx, afirma que os argumentos de Marx
cabia num único conceito Ética e Economia) logo, após a crise económica, com as
preocupações porque é que as crises acontecem, e porque é não conseguem
resolver aos problemas de gestão se as pessoas/gerentes nas universidades são
bem preparadas, a solução não demorou em chegar ao se detectar que existia um
défice ético nas pessoas formadas e que a avareza e a concupiscência era o um
problema ético ter se sobrepôs ao ser (os vícios para Aristóteles). Raimond vai
propor que as instituições destes mesmos gestores para garantir que os vícios não
sejam práticas instituicioanalizadas a ética eras fundamental, e para que essa
ética funcione elas precisam de auditores éticos, além dos gabinetes jurídicos
e estes devem ser impendentes subordinados apenas ao superior hierárquico da
instituição.
Assim aparece um tipo de instituição moderno diferente do clássico e
antiquado, nele para A. Carrol propõe que as empresas devem dar de volta aquilo
que recebeu da sociedade.[9]
Isto é não só ganhar ou maximizar o seus
lucros mas também servir a comunidade dar de volta o que recebeu da comunidade.
Entre muitas discussões nos círculos de pensamento sobre “ética e economia”[10] a
que tem suscitado muitas reacções é a do Milton Freedman[11]
diante dos argumentos de Andrew Carnegie[12],
que responde a questão da responsabilidade através duma abordagem clássica das
grandes empresas. A sua visão se baseava em dois princípios:
·
O princípio da Caridade:
em que os indivíduos mais ricos tinham a obrigação moral de ajudar aos menos
afortunados. Porém só os ricos podiam decidir com quanto iriam contribuir, e a
caridade era uma obrigação moral para os indivíduos e não para as empresas.
Porem, a lógica era clara se as empresas são grupos de pessoas, Carnegie
obrigava subtilmente que os mesmo assim o fizessem.
·
Princípio de Custódia:
que as empresas e os indivíduos ricos se vejam como guardiões ou zeladores
mantendo sua responsabilidade em custodia para benefício da sociedade.
Ambos os princípios
são altamente paternalistas pois consideram os donos da empresa e responsáveis pelas
instituições como pais dos empregados (que parecem crianças) e de clientes que
não tem capacidade de agir em seu próprio interesse.
Carnegie não só
teorizou como também pôs em prática esses princípios pelo seu exemplo como de algumas
empresas. Pôs em prática esses princípios “que
não são a regra mas excepção”. Por causa disso o compromisso das direcções
das empresas com o bem-estar social começou a ser encorajado pelas igrejas e
pelos movimentos sociais.
Acontece que esses
gestos ou princípios (puramente individuais) a partir de 1950 a 60 nos EUA
passaram a ser reconhecido pelos estados e passaram a ser uma obrigação.
Diante do atracão
que o princípio da caridade e de custódia suscitavam no mundo empresarial e a
sua consequente legalização pelos estados as empresas começaram a sentir sufocadas
com o aumentos dos custos de energia, responsabilidades legais, protecção dos
consumidores e assegurar as oportunidades iguais.
Perante esse
contexto muitos começaram a duvidar da sustentabilidade das empresas,
defendendo ideias segundo a qual as empresas deveriam ser livres das
responsabilidades sociais. É nesse contexto que Miltom Freedman sobressai a
defender a tese segundo a qual, a responsabilidade primária das empresas é
maximizar lucros e que os governos deviam eliminar a segurança Social e outros benefícios.[13] E
ele acreditava que essa liberdade levaria a menos desperdício e a maior produtividade.
Para Freedman
defensor dum Capitalismos do tipo laissez-faire
e laisser-passer, há uma e apenas uma
responsabilidade social das empresas: usar seus recursos e sua energia em
actividades destinadas a aumentar seus lucros, contando que obedeça as regras
do jogo e participem de um competição aberta e livre, sem engano e fraude.
Sustenta sua tese
com os seguintes argumentos:
·
Os
dirigentes das empresas não estão em posição de determinar a urgência relativa
dos problemas sociais nem a quantidade de recurso organizacionais que devem ser
destinados a um determinado problema.
·
As
empresas devem produzir bens e serviços com eficiência e deixar a solução dos
problemas sociais para individuais para os indivíduos e órgãos governamentais
competentes.
·
A intervenção
governamental é indesejável porque nem mesmo eles tem incentivo para resolver o
problema para os quais suas organizações foram criada. Por isso que se elimine
a segurança social e outro benefícios governamentais e no lugar adoptar políticas
governamentais que influem na renda nacional assim evitaria o desperdício e
aumentamos produtividade.
Diante desse
argumento vejamos como a maioria dos administradores e outros segmentos da sociedade
reagiram:[14]
·
Tanto
o governo quanto as empresas tem alguma responsabilidade de agir para o
interesse da sociedade;
·
Tanto
o governo quanto as firmas dependem da aceitação por parte da sociedade em que
pertecem;
·
Ignorar
problemas sociais pode ser destrutivo a longo prazo e se as empresas não se corrigem
voluntariamente estarão sujeitos a regras governamentais isso pode não ser bom
para a branding da empresa.
Pela exposição
conceitual, e bela contextualização chega-se a perceber que responsabilidade
social é um gesto que a empresa deve fazer por obrigação moral de contribuir
para o bem estar da comunidade onde opera não só ganhar lucro, mas também
fazer-se presente de forma saudável na vida das pessoas, se não for por
iniciativa própria será por obrigação estatal por isso é um desafio.
3. PRINCÍPIOS E DESAFIOS DA RESPOSABILIDADE SOCIAL
Para
evitar que o nosso discurso não seja palavras que levadas ao vento, esclareceremos
aqui os princípios e desafios dessa exigência ética no mundo econômico.
Para
nos apontar um desafio “assim como os
indivíduos[15] não podem ser responsabilizados por tudo, existem
também limites e responsabilidade social para as empresa”.[16]
A
destarte tanto a pessoa quanto a empresa só podem ser responsabilizadas por
aquilo que humanamente e com máximo de cuidado pode ser previsto. Mas sob este
aspecto valem normas rígidas em face de um conhecimento cada vez maior e das
possibilidades sempre mais perfeita de comunicação e informação.
Por
isso que assumir uma resposanbilidade social não pode significar uma ameaça a
existência duma empresa ou por outra que seus esforços por um lucro mais elevado
possível permaneça dentro do que é suportável do ponto de vista social e ecológico.
É
preciso que a responsabilidade assumida caiba dentro do que pode ser exigido.
Também cessa a resposanbilidade da empresa quando as pessoas abusam dos
produtos. Assim como as exigências assumidas não podem arruinar a empresa.
No
geral as empresas assumem três resposanbilidade também designada por Três Capitais
(Capital Humano/Social, Capital Ambiente e Capital Econômico) na comunidade
falante dos pesquisadores ética e economia designa-se Triple Button Line.[17]
Segundo
Anchie Carrol[18]
as empresas devem seguir de acordo com esta hierarquia de responsabilidades:
2.1 Responsabilidades filantrópicas
Em resumo é
a promoção e o apoio da cultura e da cidadania. Filantropia abrange as acções desenvolvidas em virtude das
expectativas das sociedades de que as instituições são boas e cidadãs. Ela inclui encarregar-se
activamente em actos e programas que promovem o bem-estar humano. São exemplos
da filantropia quando as instituições contribuem com os seus recursos financeiro
ou tempo para as para as artes, educação, ou para a comunidade. Um programa
executivo mutuário que providencia liderança para as comunidades unidas, é uma
ilustração de filantropia.
Uma razão notável para fazer, a distinção entre
filantropia e responsabilidades éticas é que a primeira nasce do senso ético da
instituição, ou seja, a comunidade pode esperar receber algo duma determinadas
instituição mas esta dará ou contribuirá quando poder e tiver é o senso moral (Vontade)dos
Stokholder. E responsabilidades ética
já são as praticas morais que constituintes estão envolvidos.
Filantropia é o desejo mais alto e mais estimado duma
instituição, mas actualmente são considerados outras três categorias de
responsabilidade social. Em suma filantropia é a parte que da sabor a
responsabilidade social.
2.2 Responsabilidades éticas[19]
Resume-se em evitar problema éticos e promover o bem
estar social.
Apesar das responsabilidades econômicas e legais
incorporarem normas éticas sobre justiça e responsabilidade, há uma necessidade
de evitar actividades e praticas que se esperam ou que são proibidas pelos
membros da sociedade embora não estejam codificados na lei.
Responsabilidades éticas incorporam níveis, norma ou
expectativas que reflectem o consenso dos consumidores, empregados, economista,
e da comunidade.
No outro sentido, as responsabilidades éticas podem
ser vistas como valores emergentes e normas socialmente esperados que as
empresas devolvam tais como boa
governação, transparência, prestação de contas etc. Mesmo assim
tais valores e normas podem reflectir ao mais alto nível de desempenho prevista
pela lei. Responsabilidades éticas nestes sentidos são frequentemente pré-definidas
ou continuamente sobre debate público como sua legitimidade, e são questões
difíceis de lidar com elas ao nível de negócio.
Vou dar uma pergunta que levará a uma reflexão comum na nossa cultura moçambicana: vejam quem são os PCA da grande maioria das
empresas sejam elas publicas ou as que são participadas pelo Estado?
2.3 Responsabilidades Legais
Evitar contrariar as leis da Nação, a fuga ao fisco e
criar emprego. As Responsabilidades Legais reflectem a visão dos códigos legais
fiscais que são vigentes na sociedade.
2.4 Responsabilidades Econômicas
Não fazer uma gestão danosa e fazer a empresa
prosperar. Historicamente as organizações
comerciais foram criadas como entidades para providenciar bens e
serviços para os membros da sociedade. O motivo do lucro foi estabelecido com o
incentivo primário antes isso era alguma coisa a mais
As organizações
comerciais foram a unidade económica básica em nossa sociedade. Como tal o seu
papel principal é produzir bens e serviços que os consumidores precisam para
fazer um lucro aceitável no processo. Em alguns pontos de o lucro transformou-se
em preocupação chave. Todas outras
responsabilidades comerciais são asseguradas pela responsabilidade econômicas
da empresa, porque sem esta os outros tornam sem irrealizáveis.
Esta hierarquia é proposto e exigível para as modernas
empresas que devem sentir-ser responsabilizadas pelas comunidades onde operam,
isso exige transparência, justiça, acoutability.
Todos esses anseios se resume na Corporate
Governance que exige uma performance
financeira transparente, na forma como os diretores são eleitos e funcionários selecionado (isso parece quase
impossível em diverso sectores de actividade da sociedade moçambicana minada
pelos tráfico de influencias, nepotismo e outros males que ferem os princípios
da boa gestão[20])
A questão Resposanbilidade Social esta em alta e
desafias a instituições porque exigem uma boa gestão, e nesse contesto temos
vistos algumas empresas que trabalham nesse sentido para verificar a observância
destas resposanbilidade e é com base
delas que são premiadas. Não sei se a empresa moçambicana KPMG e Ernest & Young
observam estes critério, mas internacionalmente para os estudiosos da ética e
negócios, são esses os exigido, divergindo nas explicações e exemplos.
Alias
tenho visto algumas instituições privadas, órgão de comunicação social (TV e
Jornais elegem suas figuras do ano e empresas do ano) podem naturalemente
acrescentar alguns, mas o critério bases exigíveis são os apresentados.
Entre
outros princípios básicos apontam-se: Cuidar do meio ambiente, ter em conta os
desejos dos consumidores, produzir produtos de qualidade acessível, promover a
cultura, apoiar as comunidades, levar em conta os valores dos Colaboradores (Shareholder Value)
Portanto
insiste-se em ética empresarial por causa da reputação e manutenção do brand da empresa. A fraca reputação mata
o interesse dos investidores, afecta a credibilidade da empresa nos círculos
políticos.
Se
a empresa é ética as pessoas (comunidade) estão satisfeitas e os funcionários também,
não há tempo em pensar em margens de manobra para surrupiar as coisas e muito
menos se preocupam em investir nas publicidades.
CONCLUSÕES
Ao chegar nesse ponto temos plena consciência que nem
tudo foi dito, sabemos também que é o assunto é deveras apaixonante.
Responsabilidade Social é um valor que se impõe
exige-se no mundo das relações trabalhistas e econômicas é uma exigência que a
ética faz ao mundo do desenvolvimento. Não só isso como também é um valor e um
desafio num contexto em que os lucros parece ser a palavra de ordem, onde como
diz a gíria popular enquanto tu e a comunidade sobes no andaime os stockholder
sobem na vida.
Terminamos com alegre esperança de termos lançado
sementes de ética sobre o mundo da economia, e que como diz Paulo VI em sua
encíclica Populrum Progressio o
imperialismo mundial do dinheiro não pode se impôr embora seja uma tentação
permanente, num contexto em que o Pais encontra-se conhecendo momentos de
desenvolvimento acelerado, onde as instituições e gerentes prosperam diante da
miséria de suas comunidades. A ética
exige-se e ela paga a longo prazo!
BIBLIOGRAFIA
AHNER,
G., Business ethics: Making a Life, Not Just a Living,
MaryKnoll, New York. 2007.
CADERNO de notas pessoais das aulas de Ética e Economia I & II, USTM,
Agosto/Setembro de 2012. Msc Morreira.
CAMARGO. M. Fundamentos de ética geral e profissional,
3ª Ed., Editora vozes. 1999.
CHIAVENATO, I., Introdução à Teoria Geral da
Administração. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Editora CAMPUS. 2003.
DUART, M., Responsabilidade
Social e Ambiental da Empresa, Escolar Editora, Lisboa. 2012.
GRUPO DE PROFESSORES, Comunicação de Deontologia Profissional no ISMMA, 2013.
MAZULA, B., Ética, Educação e Criação de Riqueza: uma reflexão epistemológica, 2ª Ed. Maputo, 2005.
NAKRA,
P., Corporate
Reputation Management: CRM With a
strategic Twist. Public relacions Quarterly, 2000.
Org. LEISINGER, K.,
Ética Empresarial: Resposanbilidade global gerenciamento
Moderno, Vozes: Petrópolis, 2002.
RODRIGUES, J., Responsabilidade
Social e Ambiental da Empresa, Escolar Editora, Lisboa.
ROSSOUW,
D., Business Ethics In Africa, 2nd
Ed. Oxford: OUP, 2004.
__________,
Business Ethics, 3rd Ed.Pretoria,
2004.
SCHWARTZ,
P., GIBBO, B., When Good Companies do
Bad Things: Resposanbility and Risk in
age of Globalization, NY: Wiley, 1999.
Shaw, W., Moral
Issues In Business, 7th
Ed. London, 1995.
VALLS, Á. L. M.,
O Que é Ética, Coleção Primeiros Passos, Editora Brasiliense, 1994.
VELASQUEZ,
M.G, Business Ethics: Concepts and Cases. 5th ed. Upper Saddle 2002
Revista
Broteria: Cristianismo e Cultura: Ética Empresarial
Endereços da internet.
·
Carroll, Archie B., The Pyramid of Corporate Social
Responsibility: Toward the Moral Management of Organizational Stakeholders.
(1991, July-August).
Accessedo em http://www-rohan.sdsu.edu/faculty/dunnweb/rprnts.pyramidofcsr.pdf dia 26 de Julho
de 2013.
·
www.
economist.com. Acessado no dia 29 de Julho de 2013
ANEXOS
Figura Nr. 1:
Piramide da hierarquia da Resposanbilidade Social segundo Carrol
Tabela nr. 1:Vários
exemplos de definição de Resposanbilidade Social segundo Crane, Matten &
Spence)
Figura Nr. 2:
Abordagem tripla da Responsabilidade Social (Triple botton Line)
[1] NOTAS
Notas das aulas de Ética e Economia II, USTM, Agosto de 2012. Mestre Morreira.
[2]
Conferir o Anexo nr. 01 as varias definições que se dão a Responsabilidade
Social.
[3]
Org. LEISINGER, Klauss, Ética Empresarial: Resposanbilidade global
gerenciamento Moderno, p. 109.
[4] Cfr. Idem. p. 108ss.
[5] VALLS,
Álvaro L. M., O Que é Ética, Editora Coleção Primeiros Passos, 1994,
Editora Brasiliense. p. 7.
[6]
Cfr. Comunicação de Deontologia
Profissional no ISMMA, 05.07.2013. Grupo de professores.
[7]
Expoente pesquisador em matéria de Responsabilidade Rocial (Corporate Social
Responsibility), professor emérito da na Terry
College of Business, Universitade de Georgia, Athens, GA, USA. Notas pessoais
das aulas.
[8] Raymond C. Baumhart, S.J., foi
31ª presidente da Loyola University
Chicago em 1970. Referencia obrigatória nesta área.
[9] Cfr. no fim do trabalho.O anexos nr.
2 o modelo de A. Carrol.
[10]
Existem duas posições antagônicas sobre o assunto
[11]
Expoente pesquisador desta matéria e defensor acérrimo da tese Segundo a qual a
responsabilidade primaria das empresas é lucros independentes dos meios,
contanto que faça um jogo limpo e cumpra as regras do mercado. Também Miltom
Freedman foi um dos mais destacados economistas do século XX e um dos mais
influentes teóricos do liberalismo econômico.
[12]
Andrew Carnegie foi um empresário e filantropo estadunidense nascido na
Escócia. Fundador da Universidade Carnegie Mellon. Pôs em pratica esse
princípios e escreveu um interessante livro intitulado o Evangelho da Riqueza.
[13] Cfr. Ficha nr. 2 da aula de Ética
e Economia II: Quarto Capitulo, Responsabilidade Social e Ética, p. 73.
[14]
Conferir na ficha a idéia de Keith Davis, as reações da Procter & Camble,
assim como os estudo feitos pela revista Fortune
sobre Procter & Camble, Johnson & Johnson, Eastman Kodak (1988) e a
mesma revista em 1991 fez o mesmo estudo para perceber pela sociedade qual
das instituições era mais admirada. ver
a Ficha nr. 2 da aula de Ética e Economia II: Quarto Capítulo, Responsabilidade
Social e Ética, p. 73.
[15]
Em moral as fontes de moralidade na acção de um indivíduo são objecto, meio e
circunstâncias. E os critérios para imputabilidade da acção ou seja os critérios para a responsabilidade
do acto são Racionalidade (saber), Vontade (querer), Liberdade (decisão). Os estudiosos da Moral Empresarial apontam os
mesmos critérios para avaliar a moralidade intituicional, uma vez que este é
composto de pessoas, e as pessoas são do reino da moralidade (os humanos o são
morais ou imorais). Cabendo apenas aos animais o reino da amoralidade (não
podem ser avaliados moralmente). Portanto são esses argumentos que se apontam
para avaliar a moralidade empresarial. (cfr. Revista Broteria: Cristianismo e
Cultura: Ética Empresarial)
[16]
Org. LEISINGER, Klauss, Op. Cit. p. 122.
[17] A frase “Os três níveis de abordagem ou triple botton line” foi pela primeira
vez usado por John Elkington em 1994, o fundador da consultaria Britânica
chamada SustainAbility. O seu
argumento era que as companhias deviam se preucupar em três níveis distintos: Lucro, Pessoas e Planeta (Triple
Bottom Line: Profit, People and
Planet). Triple Bottom
Line significa que a gestão do negócio considera não
somente questões econômicas, mas também sociais e de meio-ambiente.
Mais ainda, os autores sugerem que o sucesso dos negócios ao longo
prazo depende do que chamam “sweet spot”, ou seja, a área estratégica
onde os interesses dos stakeholders (públicos de interesse: comunidade, governo,
fornecedores, clientes, meio ambiente, entre outros) coincidem com os interesses
da empresa.
[18] Cfr.
Carroll,Archie B. The Pyramid of Corporate Social
Responsibility: Toward the Moral Management of Organizational Stakeholders,
Business Horizons, July-August 1991.
[19]Cfr. Carroll,Archie. Op. Cit.
[20]
Cfr. MAZULA, B., Ética, Educação e
Criação de Riqueza: uma reflexão
epistemológica, 2ª Ed.